segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Especialzão do Rufus!! Mestres de RPG

Salve salve pessoal. Depois de um hiato de mais de quinze dias eu voltei para atividade cheio de energia. Hoje escreverei sobre um tema polêmico, tenso e cheio de nuances. Algo que é um Elemento do Jogo, que tem efeito direto no sentido Meu Jogo, Minhas Regras, que é um TPK potencial e que gera muitas Histórias ao Pé da Lareira, o Mestre do Jogo!

 Especial: O Mestre do jogo

Eu comecei a jogar RPG em meados de mil novecentos e Dragão Brasil e é dela que retirei o melhor conceito de Mestre de RPG que eu conheço: "Mestre é uma mistura de Narrador, roteirista e milagreiro, cuja a missão é propor desafios aos heróis e conduzir a história de modo que ela seja divertida ( Marcelo Cassaro em Dragão Brasil Especial 01: Defensores de Tóquio).

Como Elemento de Jogo o Mestre é quem prepara o cenário da aventura, além de ser responsável por controlar TODOS os personagens não controlados pelos jogadores, da linda atendente da taverna, ao vampiro ancião com cheiro de mofo. Ele também atua como uma espécie de juiz das situações da mesa. Tudo que acontece em jogo passa por sua avaliação. Muitas vezes ele acaba sendo um mediador de tensões da mesa em si, fora do jogo. Sem um Mestre, não tem aventura, afinal é ele quem prepara a brincadeira. Existem sistemas que apresentam regras para jogo sem um Mestre, mas não opinarei sobre eles por nunca ter jogado algo nesse sentido.

Como um juiz de regras, ele deve adaptar as regras do sistema jogado pela mesa e até criar novas regras, com o objetivo de fazer o jogo ficar mais divertido para os jogadores. Muitas vezes essas regras criadas ou alteradas são vistas como enfraquecimento (o famoso Nerf) de um aspecto desbalanceado do sistema. Isso acontece porque essas mudanças podem diminuir as facilidades do personagens em determinadas situações.

É extremamente importante o Mestre ter em mente que ele não joga conta os jogadores, senão a aventura se torna uma sequencia infinita de TPK's. Por mais que às vezes nos irritemos com nossos Jogadores, não é bacana sair matando todos os personagens do grupo, por puro sadismo ou vingança. Isso pode causar sérios desentendimentos entre os jogadores chegando ao ponto do grupo ser dissolvido em casos graves e amizades serem quebradas, em casos extremos. O maior dever do Mestre é assegurar a diversão de todos os membros da mesa, inclusive dele próprio.

Eu sou Mestre de RPG há uns vinte anos, vi, vivi e ouvi muitas e muitas coisas em volta de uma mesa. Fiz amigos, conheci muitas pessoas, tive a oportunidade de ajudar pessoas a lidarem com problemas através do jogo e mudei muito ao longo desses anos. Mas minha experiência mais incrível aconteceu entre os anos de 2007 e 2008, quando minha esposa estava grávida de nossa filha. Jogávamos D&d 3.5 no cenário de Dragonlance e eu ficava impressionado como minha filha interagia com  a aventura, mesmo de dentro da barriga da Mãe. Ficava quietinha em momentos tensos e difíceis, se mexia freneticamente nos combates mais épicos e momentos de adrenalina. Isso foi algo realmente surreal. E hoje, ela tem oito anos e eu estou começando a ensina-la como o jogo funciona, pois na minha próxima campanha, ela estará na mesa.

Bem, essa foi a única forma de apresentar o Mestre de jogo que me trouxe real satisfação. Esse texto representa minha opinião e um pouco da minha vivência como Mestre. Espero que gostem.

Forte abraço
Rufus!